27 de abr. de 2009

A dor transcrita em talento

No post de hoje, indico uma música maravilhosa em todos os sentidos. Uma melodia simples, quase repetitiva, dá poder a voz firme, forte e a dicção perfeita de uma mulher que sofreu muito e apostou na arte o desejo de viver.

Filha da cantora Line Marsa e do contorcionista Louis-Alphonse Gassion, Edit cresceu aos cuidados da avô paterna que trabalhava em um bordel na grande Paris da década de 20. Desde menina, ela obteve um ângulo de vida muito singular. O pai, que voltou da guerra para retomar a carreira circense, levou a filha adolescente consigo e a escutava cantar pelas ruas da cidade luz. Na década de 30, a jovem passa de cantoras de cabaré a vedete dos famosos music-halls franceses, o que a faz ganhar as rádios e ser adorada pelo público. Apesar do sucesso, que em seguida seria mundial, Edit tem uma via marcada pelas perdas familiares e de grandes amores, o que a faz ficar viciada em morfina e essa é a cuasa de sua morte em 1963. Todos os seus momentos foram transcritos em canções marcantes cheias de dor, vida e excessos perfeitamente lapidados por uma voz inigualável.

"Non, Je Ne Regrette Rien", de EDIT PIAF fala sobre varrer as mágoas do passado, esquecer as tristezas e saber recomeçar. Para aqueles que apreciam uma boa música, essa não deve faltar na sua playlist.